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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Poemas com orações coordenadas

Viva o Natal


            Viva o Natal muito feliz
        Mas sonhe muito com presentes 
E  peça a seus pais o que você  mais                                                  quer
Como também implore para eles
Ou Papai Noel trará ou Mamãe Noel virá
Pois o bom velhinho dará presentes a seus pais também
Portanto viva um Feliz Natal. 

                    Olívia e Andressa  8º V01




Natal
  
    Viajem em seu natal, 
    Ou fiquem em casa, 
    Pois natal é para aproveitar com a família,
    Logo após vem o ano novo,
    Portanto deve passar com as pessoas amadas.

  Aluna: Eduarda Vitoria Oliveira Marques 
  Série: 8°ano 

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

REVISÃO VERBO NO MODO INDICATIVO. 6º ANO 2019


REVISÃO 6 ANO
1. Circule os verbos das orações e indique o tempo do modo indicativo que se refere:
a) Os alunos lerão um livro.
b) Muitas pessoas viajam nas férias.
c) Hoje é dia 7 de fevereiro.
d) Eu participei do campeonato.
e) Gosto muito de meus pais.
f) Seremos bons amigos.
g) Fiz todas as atividades.
h) Meus amigos sairão para um passeio.

2.Circule os verbos e indique a qual conjugação pertencem.
a) Cantamos uma música romântica.
b) Sonhei com você.
c) Somos bons amigos.
d) Não fui à escola ontem.
e) Compusemos uma bela canção.
f) Não partiremos o bolo agora.

3.Identifique o número e a pessoa do verbo das orações abaixo.
Modelo: Eu gosto de sorvete. (verbo na 1ª pessoa do singular)

a) Moramos no planeta terra.
b) Juliano corria muito nas competições escolares.
c) Os alunos estudaram muito para a prova.
d) Tu jogaste bem hoje.
e) Vós não sabeis que este produto é tóxico?
f) Fomos bem recebidos na primeira aula deste ano.
g) Marcelino Carioca chutava muito bem as cobranças de faltas. 


Revisão de conteúdos


Professora Ana Paula Breda
Perguntas elaboradas pelo grupo: Stephany, Maria Eduarda, Marina, Olivia, Natan

1 - Soletre cinematográfica C-I-N-E-M-A-T-O-G-R-Á-F-I-C-A

2 - Passe a frase “João roubou um carro e uma moto”para a voz passiva sintética
Roubaram-se um carro e uma moto

3 - Justifique a acentuação da palavra página
Palavra proparoxítona

4 - Quais são os tipos de predicado?
Verbal, verbo-nominal e nominal

5 - Na frase “Ela foi a Europa” qual é a classificação sintática do verbo?
VTD

6 - Soletre oftalmologista O-F-T-A-M-O-L-O-G-I-S-T-A
                                                              
7 – Julgue a sentença em verdadeiro ou falso
(F) “Elas foram juntas ao shopping” na frase o sujeito é composto.

8 - Faça uma frase com predicado nominal
Ela é feliz

9 - A frase “Nós fomos à Bahia” tem crase?
Sim

10 - A frase “Cotaram-lhe a cabeça” esta em que voz verbal?
Passiva sintética

11 -“A Ana Paula assistiu ao filme na netflix” Defina o verbo e classifique-o
sintaticamente.
Assistiu/VTD

12 - Qual é a estrutura de um texto dissertativo?
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão

13 - Faça uma frase com o verbo fazer (modo imperativo, segunda pessoa do plural)
Vós fazei o almoço

14 - O que caracteriza o verbo imperativo?
Verbo que ordena

15 - Faça uma frase com predicativo do objeto
Ontem vi minha vizinha muito preocupada.
16 - A frase “Você é Feliz” tem que tipo de predicado?
Nominal

17 - Indique o sujeito e classifique—o na oração “Você vai á festa”
Você /Simples

18 - O que é conjunção?
Servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática

19 - O que é preposição?
Preposição é uma palavra que liga dois elementos da oração

20 - Qual a diferença ente e complemento nominal e adjunto adnominal?
Adjunto adnominal é algo que fica próximo aos “nomes“. Já o complemento nominal, completa o sentido de um “nome”.

21 - Qual a diferença entre adjunto adnominal e adjunto adverbial?
adjunto adnominal pode ser representado por palavras ou locuções de valor adjetivo e sempre acompanhem um núcleo substantivo em qualquer função sintática. Os adjuntos adverbiais modificam os verbos, os próprios advérbios e os adjetivos

22 - Justifique a acentuação da palavra só
Monossílabo tônico terminado em "o"

23 - O que é hiato?
Quando duas vogais estão juntas, porém em sílabas vizinhas

24 - Fale uma palavra proparoxítona
Proparoxítona

25 - O que é o termo sujeito?
O que ou quem faz e/ou sofre a ação

Professora Ana Paula Breda

Perguntas elaboradas pelo grupo: Henrique, João, Maike, Lucas, Guilherme e Breno
1-Soletre a palavra Paralelepípedo
2-Classifique sintaticamente a frase “O Henrique gosta de jogar”
Sujeito: O Henrique (Sujeito Simples) Predicado: Gosta de jogar (Predicado verbal)
Verbo: gosta    Classificação do verbo:VTI
Objeto indireto: de jogar     adjunto adnominal: O e De
3- Qual a voz do verbo da frase e classifique-o:
Pedrinho jogou bola no gramado ao lado de sua casa.
4-Qual a voz do verbo da frase:
Os adolescentes são considerados crianças pelos seus pais.
5- Na frase: “Garçom, traga-me a conta por favor!” o termo “Garçom” é: Sujeito, aposto ou vocativo?
Vocativo
6- Na frase: “O maior rio do Brasil é o Amazonas” o termo “O maior rio do Brasil” classifica-se sintaticamente como: Sujeito, aposto ou vocativo
Sujeito
7- O que é vocativo?
R: É um termo descolado sintaticamente da oração, não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado. Ele serve para invocar o receptor da mensagem.
8- O que é aposto?
R: É o termo que, acrescentado a outro termo da oração, explica ou esclarece o sentido de um nome; aparece geralmente separado por vírgulas ou depois de dois pontos.
9- Complete a oração com a ou à “ - A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da escola.”
Resposta: à – a  
10- Complete a oração com a ou à : “- __ noite, todos os operários voltaram __ fábrica e só deixaram o serviço __ uma hora da manhã.”
 Resposta: À, à, à
11-O que é complemento nominal?
R: É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo.
12-O que é adjunto adverbial, Cite uma oração com um exemplo.
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). ex.O menino não foi à escola.
13-Em que tempo está o verbo ouviria.
Futuro do pretérito do indicativo
14-O que é narrador de discurso indireto livre?
R:é aquele que permite que os acontecimentos sejam narrados em simultâneo, estando as falas das personagens direta e integralmente inseridas dentro do discurso do narrador.
15-Quais os tipos de sujeito que podem ocorrer em uma oração?
Simples, Composto, Desinencial, Indeterminado e Oração sem sujeito
16-Qual tipo de sujeito não aparece na oração, mas é possível reconhecê-lo?
Sujeito Desinencial
17-Classifique o verbo da oração: O menino correu muito
Verbo intransitivo
18-O que é um verbo transitivo direto? Dê um exemplo.
Um verbo que precisa de um complemento para seu sentido completo e possui um objeto direto.
Verbo da frase: Eu comprei um carro
19- Cite um exemplo de frase com vocativo.
R: Filho, estou aqui te esperando!
20-Soletre Pacóvio (imbecil)
21-Soletre Balbúrdia (Bagunça)
22- Cite um exemplo de frase com aposto.
R: Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
23-Por que fleumático é acentuado?
Proparoxítona
24-Por que a palavra “é” é acentuado?
Acento diferencial
25-Por que fácil é acentuado?   
Paroxítona terminada em L






texto de memórias

Texto produzido por Nícolas Breda dos Santos para a Olimpíada de Língua Portuguesa 2019



EEEFM VICTÓRIO BRAVIM


ALUNO: Nícolas Breda dos santos
6º ANO V01
MEMÓRIAS LITERÁRIAS

De mãos dadas com o sofrimento
Lembro com muita angústia da minha amarga infância. Foi no tempo que tudo que vivia era sofrido. Lembro-me de todas as manhãs quando meu pai me chamava para junto dele ir à labuta. O Lugar era distante de minha casa, ficávamos o dia inteiro trabalhando no pesado. Às vezes nos emocionavam nos pela triste realidade que estávamos vivendo e as lágrimas escorriam lentamente pela face de meu pai. Minha mãe me deixou aos 10 anos por complicações no parto de sua última filha. Depois de sua triste partida tive ainda mais que me dedicar ao trabalho para ajudar meu pai a zelar por meus irmãos menores. Meu pai ficava entristecido com a morte de minha mãe e ficar sem ver seus filhos durante o dia inteiro ou fazia mais triste.
Em casa podia ver a tristeza refletindo nos olhos de meu pai. Na hora de ir dormir podia o escutar triste e emocionado do outro lado da parede em meio à noite escura e fria. Na escuridão me sentia triste e só. Às vezes, até com um pouco de medo pelo o que nos aguardava no dia seguinte. O despertar não era feliz, pois já sabia do árduo trabalho que viria pela frente, mas foi esse árduo trabalho que fez com que nós saíssemos daquela tão sofrida rotina. O caminho para o trabalho era doloroso, mas naquele momento era preciso, pois não tínhamos alimento suficiente para saciar a fome.
Antes da saída para o trabalho meu pai preparava o café e as marmitas para levarmos ao trabalho. Eu e meus irmãos sentávamos no único banco da cozinha e o esperávamos. Esse tempo parecia uma eternidade, pois ali víamos o sofrimento de nosso pai em ter que se ajeitar sozinho e não deixar que percebêssemos seus sentimentos.
No trabalho, manusear as ferramentas - enxada, foice, machado – era difícil para meus dez anos apenas, mas demonstrar isso a meu pai seria demonstrar derrota. Sempre realizava as tarefas para que o visse feliz.
Na volta para casa é que tínhamos um pouquinho de alegria. Nesse momento sabíamos que teríamos alguns minutos para brincar, mas como não tinha energia logo a noite viria e teríamos que estar prontos para dormir.
A noite com seus estranhos sons nos amedrontava um pouco. Os barulhos dos sapos coaxando, os bacuraus, os bramidos dos macacos – sons feitos pelos macacos- é que quebravam o silêncio, mas o cansaço do dia logo nos levava ao sono profundo.
Naquele tempo a vida era difícil para todos e para um pai viúvo era mais difícil ainda. Estar sozinho na tarefa de criação dos filhos o tornou forte para superar o sofrimento e ver, em alguns momentos, a felicidade de seus dez filhos.;
A vida mudou. Mudou para melhor. Meu pai se casou novamente e eu e meus irmãos ajeitamos nossa vida e hoje temo família.
Sento-me no banco da varanda de minha casa e espero o meu pai fazer o café, mas logo volto a realidade e percebo que hoje eu sou o pai. O pai feliz que criou seus filhos. O pai que deixou para trás as dificuldades. O pai que quis o progresso. O pai que viveu, sofreu e no final venceu.
Texto baseado na entrevista com Laurindo Breda, 62 anos.

olimpíada de Língua Portuguesa 2019. Gênero memórias.

Esse texto foi selecionado na etapa escolar e municipal (Marechal Floriano)no ano de 2019 trabalhado pela professora Ana Paula Breda

EEEFM VICTÓRIO BRAVIM


ALUNO: SANDRA APARECIDA MÓDOLO
7º ANO V02
MEMÓRIAS LITERÁRIAS


Remendos de histórias, costurados pela saudade
Relembrar o passado me faz encontrar muitas fechaduras recuperadas pelo levantar do pó... Faz-me abrir cofres e gavetas trancadas pelo tempo... Relembrar o passado é reencontrar lembranças, costuradas pela saudade, remendadas na memória Plic... Plic... Plic... O tilintar das agulhas em minhas mãos remetem-me a reascender momentos únicos, que os anos apagaram e deixaram para trás. Um momentinho...
Na década de 1950, sempre no clarear do dia, o majestoso canto do galo resgatava sons e cores roubadas pelo silêncio das noites e dava vida ao meu aconchegante lugar, pintado de verde e amassado pelo sopro dos ventos. Canto que adentrava meus ouvidos e me convidava a levantar.
Ir à escola era cansativo, mas preciso. Saía cedo junto a meus cinco irmãos, admirando as árvores que coloriam o caminho. Os primeiros raios solares, que substituía a lua, que já sem linha deixara de bordar estrelas e arremessava-as ao longe, nos aquecia. Sobre a escola, hoje encontro lembranças que aliviam a sensação da régua de madeira tocando minhas pequenas mãos que mal traçavam as letras. Lembranças remendadas pelas rugas que hoje as cobrem. Plic... Plic... Plic... Chegávamos em casa após os estudos cobertos pela poeira da estrada, mas éramos surpreendidos pela recompensa da mesa farta que devolvia a alegria estampada em nosso sorriso sujo de coloral.
À tarde, íamos nos refrescar nas águas do Rio Sertão, que como espelho refletia meus singelos traços de menina. Sua correnteza atraía nossa curiosidade nos levando a travessuras... Em meio a árvores próximas, era possível avistar um casebre onde adentrávamos intoxicando o lugar de alegria, pintando de luz a escuridão com o pincel do suspense... BANANAS!! - Era o grito quando avistávamos os alimentos de cor amarela, decorados com pontinhos pretos. Degustando essas frutas, ouvíamos roucos passos que se aproximavam... TRUCTREC... Pelas frestas a luz do sol refletia o olhar arrogante do Sr. Silva que nos convidava a dali nos retirarmos. Rapidamente corríamos por entre as árvores aterrorizando os pássaros com nossa algazarra.
Quando o pôr do sol desamarrava os laços que seguravam as cores e sons do dia e a lua começava a bordar estrelas, íamos para casa. O sono chegava de mansinho, sereno... Mas nem dava muito tempo de sonhar. TLUNC! TLUNC! - Ah! A cesta de costura resolvera cair novamente.
Solitária, contemplava à luz de lamparina as tão sofridas mãos de minha mãe trançando linhas e pregando retalhos. Essa luz revelava a face e o trabalho da sofrida mulher, que passava as noites em claro, bordando e descosturando as dívidas do tecido “vida”, para ajudar no sustento da casa. Perdi a conta de quantas vezes desvirei seu chinelo - crendice da época - para salvar sua vida, pois os dedos de papai que chocavam contra seu belo rosto deformavam-no. Plic... Plic... Plic...
A rotina continuava a mesma até o dia em que o sol não aparecera para resgatar nossos sorrisos, pois as nuvens começaram a chorar intensamente... Lembranças trágicas como raios riscados no céu.
Gravuras de desespero costuradas sobre os idos de 1956 revelaram as águas do Rio Sertão, que tanto nos encantava, como um inimigo. Ao vermos as plantações, serpeando junto às águas, não mais cristalinas, apagarem com seu curso nossos sonhos, ficamos sem nenhuma esperança.
Quando a água baixou, o pedaço de chão, no interior de Marechal Floriano, ES, era completamente diferente daquele que nossos olhos costumavam admirar. Aquele era um novo lugar, onde com muito esforço reconstruiria meu futuro e minha história. Plic... Plic... Plic... Cenário que ainda guardo na lembrança.
Hoje, meus olhos se entristecem ao observar o Rio Sertão, costurado por histórias e remendado pela poluição. Pequeno curso de água que um dia mudou minha história, mas que ainda segue construindo o futuro de Marechal Floriano, furando serras e precipitando lágrimas... Lágrimas que preenchem os momentos de lembranças resgatadas pelo tempo... Lágrimas presas aos laços da vitória... Lágrimas que remendam histórias na memória e costuram saudades com linhas douradas. Plic... Plic... Plic...
Texto baseado na entrevista com Alzita Roveda Zambom, 80 anos.


crônicas da Olimpíada de Língua Portuguesa 2019


EEEFM VICTÓRIO BRAVIM


ALUNO: ISADORA ULIANA BOLDRINI
8º ANO V01
CRÔNICA



O BADALAR DO TEMPO
Já havia amanhecido na pequena cidadezinha do interior. O soprar do vento balançavam as bandeiras de cores verde, branco e vermelho que ficavam armadas aos postes espalhados pela pequena vila italiana rodeada pelas montanhas.
Era domingo de manhã, todos já estavam a caminho da tradicional missa. E a tarde se iniciava a típica festa da cultura italiana, onde aconteceria o desfile das famílias, um pequeno cortejo até a festa, com trajes típicos, objetos da época da imigração e os costumes deixados pelos antepassados.
Sobre a cama estava minhas vestimentas costuradas pela nonna - como são chamadas as avós em italiano - e ao lado, um retrato do meu avô e seu pai vindo da Itália, um objeto de muito valor para mim.
Ouço o tóim, tóim, tóim. Se passavam alguns minutos e novamente começava o “tóim, tóim” do sino que badalava sem parar alertando que o típico desfile das famílias começara. Minha avó a me esperar, e em suas mãos enrugadas, fruto de uma vida de trabalho e suor, encontrava-se a polenta brusttolada (uma polenta assada na chapa do fogão à lenha).
Com os vestidos arrastando na terra úmida, fomos em direção à festa, ansiosas e também com muitas recordações em nossas memórias. A voz suave da minha nonna que cantava a canção “Mérica, Mérica” transmitia o verdadeiro amor já vivido por ela e meu nonno.
Nossos passos foram apressados pelo sino que ainda continuava a badalar de forma cada vez mais rápida. Parecia que não chegávamos ao destino. O suor escorria por nosso rosto. O barulho do trem que passava sobre uma grande linha férrea que cortava a pequena cidade nos trazia a felicidade e a gratidão de mais uma missão cumprida.
Á frente, avistei uma mulher com roupas pretas e em seu cabelo um acessório colorido anunciando o início do desfile. A música começou a tocar, e a mulher a narrar a história das famílias. Estávamos em meio àquela multidão tomada pelas fortes luzes em suas mãos que dispersavam seus olhares junto a fios que cobriam seus ouvidos.
Vi, lágrimas escorrendo no rosto da minha nonna, eram as mais sinceras e puras que já havia visto. Ela olhou-me nos olhos e com suas simples palavras disse: “Venha, a polenta está pronta”, mas pude ler em seus olhos: “Onde está a cultura e os costumes que ensinei aos meus filhos, netos e a todos que estiveram comigo? “.
De repente avisto em meio tantas luzes um clarão, e tudo se apaga.
- Acorda, acorda – fala a minha mãe – Está na hora do desfile, seu avô está a sua espera, com a polenta brusttolada nas mãos.
Abro meus olhos, molhados pelas lágrimas de simples palavras que escutei a minha infância inteira e que poderiam ter sido outras, mas que não teriam o mesmo significado.
A realidade veio à tona. Era um sonho. A festa começara. Minha avó, dona das mais lindas histórias e palavras, não estava conosco. Meu avô estava à minha espera para darmos continuidade, talvez os vestidos que se arrastavam sobre aquela terra úmida, ou a canção cantada, não era sonho, estava prestes a acontecer.
O desfile começara, o sino badalava e o badalar do tempo me mostrava que tudo que um dia alguém semeou, regou e fez crescer, só se mantém vivo se todos cultivarmos, porque a cultura acaba; no desinteresse, numa manhã, numa tarde de inverno, no cair das folhas, no balançar das bandeiras, no andar de um trem, no arrastar de um vestido, no cair de uma lágrima e no badalar do tempo. A cultura acaba, em qualquer hora, em qualquer lugar e a qualquer momento e a cada badalada de um sino, a cultura acaba.







EEEFM VICTÓRIO BRAVIM


ALUNO: RAFAEL
8º ANO V01
CRÔNICA

A FORÇA DO QUERER
Existe um homem no condomínio onde moro que sobe e desce de uma a cinco vezes por dia o morro em que moramos. O morro da chegada de minha casa. Ele corta cana, capina, carrega e descarrega caminhões e até resolve problemas do condomínio.
Quando eu era pequeno sempre andava com ele. Subíamos e descíamos o morro como se fossem emoções. Quando descia eu ficava triste porque sabia que teria a subida. Quando voltávamos ficava feliz por estar indo para casa. Na descida tomávamos cuidado para não escorregar no cascalho, mas na subida, mesmo com cuidado, cansávamos muito rápido. A subida e a descida era os altos e baixos da vida.
Na descida e na subida o sol nos acompanhava e o que sempre percebi nele era ele sempre estar contente e nunca cansado, estava contente porque estava ajudando aos outros.

EEEFM VICTÓRIO BRAVIM


ALUNO: MARIA EDUARDA
8º ANO V01
CRÔNICA

O pequeno começo
O vento sopra lentamente no rosto do pobre trabalhador, ele caminha sobre a terra descalço e suado, a cada passo um suspiro sentindo o cheiro amargo do ar.
O homem de cor negra chega a sua casa caindo aos pedaços. Ele mora em um pequeno lugar que começou a ser construído, sem saneamento básico, com uma pequena escola e uma estação de trem.
Isso é pior que comer o pão que o diabo amassou, é tudo que ele pensa.
Por um buraco na parede ele observa a escura noite sem lua. Uma água salgada cai sobre a sua bochecha, teus olhos vermelhos gritam silenciosamente.
A ansiedade o consome, ele tem medo, medo de tudo, até do ar que ele respira e o preenche.
Por que?
Ele cai sobre tua cama dura, feita de madeira, só agora percebi que chora.
Ele desistiu de tentar, de ser feliz, de viver.
Com medo
Incerto.
Ele chega ao fim.